
Competitiva Nacional
A Morte Branca do Feiticeiro Negro (SC)
Direção: Rodrigo Ribeiro
Sinopse: As memórias do passado escravagista brasileiro transbordam em paisagens etéreas e ruídos angustiantes. Através de um ensaio poético visual, uma reflexão sobre silenciamento e invisibilização do povo preto em diáspora, numa jornada íntima e sensorial.
Álbum de Casamento (BA)
Direção: Otávio Conceição
Sinopse: O fim.
Babá Eletrônica (SE)
Direção: Carolen Meneses e Sidjonathas Araújo
Sinopse: O curta mostra como as crianças estão a mercê da vigilância social para seguirem padrões que foram historicamente construídos na sociedade.
Eu Me Chamo Darwin (SP)
Direção: Well Darwin
Sinopse: Uma reflexão sobre a identidade a partir da memória. Quem somos, como somos vistos e como os pequenos gestos podem estar carregados de sentidos e intenções, as vezes ocultas, as vezes nem tanto.
GAZ (TO)
Direção: Helen Lopes
Sinopse: Gaz é um curta-metragem tocantinense que retrata o cotidiano de José Francisco morador de rua e coletor de material reciclável em Palmas, capital do Estado. Maranhense de 58 anos, Gaz é o narrador de sua própria estória, sem meias palavras joga luz na escuridão da noite solta. Percorrendo o eixo monumental da cidade, da Praça dos Girassóis à Praia da Graciosa em sua bicicleta cargueira leva latinhas e uma trajetória nas ruas da cidade que remontam a abril de 1990, quando chegou neste chão ainda de piçarra. Na ausência da coloração fílmica que entrega relances e sombras, acomoda nas lentes e microfone as nuances desse tipo de existência. Para o senso comum é imaginável que da prática de revirar lixo se possa extrair ensinamentos, como a ética da rua que se equilibra entre diálogo e violência, a experiência da solidão ou da ação que combate a predação do meio ambiente. Do tilintar do alumínio à distorção sintética da trilha sonora, Gabiroba Filmes entrega mais esse soco, sente e prepare a musculatura.
Joãosinho da Goméa - O Rei do Candomblé (RJ)
Direção: Rodrigo Dutra e Janaína Oliveira
Sinopse: O filme apresenta Joãosinho da Goméa como narrador principal de sua história. Com músicas cantadas por ele, performances provocadoras e arquivos diversos que ressaltam o quanto ele é importante para as religiões de matriz africana. A Rainha Elizabeth II disse que se o candomblé tivesse um rei, esse seria Joãosinho da Goméa, o Rei do Candomblé.
Minha Deusa e Eu (SP)
Direção: Gabriela Viera
Sinopse: “Minha Deusa e Eu” é um documentário performático sobre o encontro com a Deusa interior na pessoa da contemporaneidade. Trazendo uma linguagem experimental, a diretora e protagonista do curta-metragem Gabrela Viera propõe uma jornada de autoconhecimento através da medicina da Ayahuasca. A narrativa é ilustrada com elementos da cultura indígena e afro-brasileira, mesclando filmagens documentais e performances corporais para retratar o processo de Gabrela durante um ritual na casa Chamado da Floresta.
O sonho puído (BA)
Direção: Deisiane Barbosa
Sinopse:
arejar o sonho antigo
cerzir o sonho surrado
lavar o sonho puído
curar ao sol
quarar ao sal
o sonho puído: poema – que é vídeo, que é performance – acontece pelo mote de cinco gestos-rituais que almejam a cura: de nossas subjetividades, afetos, coragens para (r)existir pelo viés do sonho: cifra dos nossos desejos / imagens que nos passeiam desde o avesso / combustível para a vida / poesia. reprimido, puído, remendado, retomado, o sonho quer ser atingido em cheio. queremos realizá-lo, ou antes, costurá-lo sem ter de rogar autorizações. este poema visual, que é um brevíssimo inventário de mulheres abraçadas pelo Mar da ilha de Tereza, é também uma instiga a outras. para aquelas que atendem por Marias da Ladeira foi um convite a múltiplas partilhas : chamado para uma dança beirarrio \ beiramar, culto ao vento ao tempo ao sol ao sal, encontro para a produção de forças, táticas de libertação, troca de cuidados. enterezar é um verbo inventado que deriva do gesto de emendar fragmentos, construir cordas de fuga-salvação. cabe reafirmar : só o sonho salva : a arte, esta poesia inevitável, imbatível.
Os verdadeiros lugares não estão no mapa (RJ)
Direção: João Araió
Sinopse: Baseado em histórias reais, sobre memórias dos negros escravizados às margens do Rio das Almas, um musical preto que fabula sobre o processo mais violento a que nós, pessoas negras, já fomos acometidas. Através da força da dança e das manifestações culturais afro brasileiras, uma retratação do trauma e das memórias furtadas pela escravização.
Princesa do meu lugar (MA)
Direção: Pablo Monteiro
Sinopse: O cruzamento da água doce com a água salgada atualiza antigos movimentos de migração e ocupação do norte do país. Esse trânsito reafirma costumes e saberes que acompanham o migrante e se ampliam através de trocas no local de chegada. A festa grande para Caboclo Cearense e Divino Espírito Santo em Mosqueiro (PA) é obrigação feita por Maria de Lourdes (Codó/MA), onde caixas, tambores, matracas e maracás se reúnem na matança do Bumba Boi de seu encantado. Este é o espaço de festejo de Ana Guedes e a turma do Tambor de Crioula Filhos e Amigos de Cururupu (MA), moradores dos bairros Terra Firme e Guamá, na capital paraense. "Princesa do meu lugar" oportuniza a potência do encontro de brincadeiras que navegam nas duas águas e desembocam em solo paraense.
Quilombo Mata Cavalo (ES)
Direção: Beatriz Lindenberg
Sinopse: No Quilombo Mata Cavalo, quilombolas distribuídos em seis comunidades resistem para preservar seus traços culturais, manter a integração comunitária e conquistar a regularização das terras herdadas de seus ancestrais.
Rio das Almas e Negras Memórias (GO)
Direção: Taize Inácia e Thaynara Rezende
Sinopse: Baseado em fatos reais, o filme revela memórias veladas de sofrimento dos negros escravizados às margens do Rio das Almas em Pirenopolis-GO. Com a exploração do garimpo de ouro, a família Frota enriquece às custas de sonegação de impostos e sacrifícios humanos.
Mil Vinny's - Suíte Cachoeirana (BA)
Direção Luan Santos
Sinopse: Um herói Cachoeirano embarca numa jornada em busca de sua fantasia para festa D'Ajuda.












